domingo, 5 de abril de 2015

INVISÍVEL

Não se sentia amada.
Levava a vida sempre em segundo plano.
Tudo era mais importante do que ela.
Servia, oferecia, guarnecia.
Era estepe para as mais diversas dores.
Só era lembrada na necessidade,
E tão logo que ela se fosse,
Retornava a sua condição de nada.
Morreu na rotina da tarde,
Sem uma lágrima de surpresa
Ou um suspiro de dor.

5 comentários:

Gugu Keller disse...

A quem se ama, o amor de ninguém falta. A quem não, o de ninguém basta.
GK

Rogério G.V. Pereira disse...

Deixou de servir? de oferecer? de guarnecer?
Será lembrada na necessidade
mais cedo que tarde

A lágrima nem sempre ocorre no momento certo

Rosemildo Sales Furtado disse...

Quem sabe, o amor do nosso superior nunca lhe faltou.

Abraços e ótima Páscoa para ti e para os teus.

Furtado.

Germán Ibarra Zorrilla disse...

Muy bonito Gisa, me ha gustado mucho tu blog. Saludos desde España.

Escritora de Artes disse...

Que triste...

Bjos